
João Grandão apresenta suas propostas para Adamantina
João Grandão apresenta suas propostas para Adamantina
Ele foi o terceiro a ser entrevistado pela Rádio Cultura e Jornal Diário do Oeste Paulista
02/08/12, às 14h08
Luan Nóbrega - Jornalista Diário do Oeste
No terceiro dia da série de sabatinas, as equipes do jornal Diário do Oeste Paulista e da Rádio Cultura FM 99,3 Mhz, receberam o candidato João Cesar Prado, o “João Grandão”, acompanhado de seu vice, Joaquim Sichieri e assessores. Confira as principais propostas apresentadas pelo candidato:
Saúde
Temos acompanhado esse setor e precisamos melhorar as questões das filas, por meio de agendamento de consultas. Adamantina tem um problema que não é apenas local, mas também no Estado e no Brasil, que é a falta de médico. O Governo Federal tem apontado na sua política, que precisa investir na qualificação dos médicos. Por isso, precisamos utilizar a FAI, porque o Governo ampliou as vagas para o curso de Medicina e precisamos trazer isso para Adamantina. Se existir mais médicos, certamente existirão mais especialidades. Hoje, não tem sido fácil encontrar profissionais capacitados para realizar o atendimento. Dessa maneira, pretendemos melhorar os agendamentos e buscar mais especialidades médicas, em parceria com a FAI. Nesse sentido, iremos batalhar pelo curso de Medicina para formar profissionais em médio e longo prazo. Em curto prazo, precisamos convencer os médicos a trabalhar em Adamantina e fazer um debate nesse sentido.
Geração de empregos e educação
São dois setores estratégicos para a administração. Em relação à geração de empregos, temos que dividir em setores. Primeiro, nossa região é um local onde não é discutida a capacitação. Até o momento, ainda não foi discutido a questão a mecanização da cana, que irá prejudicar esse setor. Por isso, em parceria com entidades de classes, precisamos discutir a questão da capacitação e fazer a requalificação desses profissionais, que ainda não foi realizada na nossa região. Outra questão é a simplificação das pessoas saírem da informalidade para a formalidade. O Governo Federal possui o Simples, que abrange o empreendedor individual. Com isso, precisamos incentivar essas pessoas a buscar a formalidade, com capacitação. Na prefeitura, iremos criar uma sala para fornecer informação a essas pessoas sobre a maneira correta de se cadastrar. A questão do cooperativismo na região é uma concepção que o Partido dos Trabalhadores (PT) possui há vários anos. Com isso, iremos criar um debate para discutir esse tema. Dentro do Ministério do Trabalho existe a secretaria de desenvolvimento econômico que trata do assunto junto a Unisol e com o nosso bom relacionado, iniciamos um trabalho na região, mas não tivemos apoio e não foi para frente. Portanto, iremos batalhar pelo corporativismo. Hoje, vemos que a coleta seletiva não funciona como deveria. Se fosse feito de uma forma associativa, conscientizando os trabalhadores de como trabalhar dessa forma, seria bem sucedido.
Na educação, precisamos requalificar os trabalhadores. Nesse setor, foram feitos duas reestruturação para adequação dos cargos à realidade. Isso causou muito desentendimento entre os trabalhadores da educação. Ninguém está contente. Na primeira reestruturação, não privilegiou todos, não houve diálogo com os trabalhadores e por isso, iremos refazer essa reestruturação para adequar os cargos a realidade, ouvindo esses funcionários. Precisamos também, utilizar a FAI para qualificar os trabalhadores. Atualmente, existe uma parceria da instituição e Adamantina na questão de bolsas de estudos. Estamos ajudando o diretor Mário Cardim no sentido de ampliar o número de bolsas. No Estado de São Paulo, Cardim coordena o grupo de IMES composto por 38 unidades e no Brasil, o coordenador nacional é um diretor da cidade de Taubaté que comanda 58 unidades. Em conjunto, esses diretores estão levantando o total de vagas ociosas para apresentar ao Governo Federal. A estimativa inicial é que essas entidades tenham 100 mil vagas ociosas. Por isso, estamos trabalhando no sentido de incentivar o Governo a criar um programa de bolsas. O potencial da FAI é em torno de oito mil alunos e hoje, possui cerca de 50% de ociosidade, então seria no sentido de buscar esse recurso para que os munícipes de Adamantina e região possam ser capacitados e assim, possam exercer sua profissão e ajudar a sociedade.
Trânsito
Sou defensor da municipalização do trânsito de Adamantina. Não só a municipalização, mas também melhorar a estrutura administrativa. Foi criada por essa administração uma diretoria e esse setor necessita ser estrutura com funcionários concursados para exercer essas funções. Ao municipalizar, sou a favor de criar uma estrutura que podemos chamar de guarda municipal para utilizar junto ao avanço tecnológico por meio da monitoração. A guarda municipal tem a função de proteger os prédios públicos e dar segurança no trânsito. Como nós pagamos essa monitoração dos prédios públicos, seria uma diminuição no custo. Para ter uma monitoração é preciso ter uma central, possibilitando ampliar o serviço para as ruas, utilizando como método de segurança e medida preventiva para evitar o excesso de velocidade. Portanto, pretendemos municipalizar o trânsito, melhorar a estrutura e utilizar os avanços tecnológicos. Fico um pouco triste por ver cidades menores que Adamantina ter esse serviço.
Funcionalismo público
Esse é um tema que me dá prazer em falar. Tenho 16 anos de servidor público estadual, concursado, exercendo uma função que no senso comum não é bem vista pela população que é ser fiscal. Desse total, 12 anos atuei como dirigente do Sindicato dos Servidores Público Municipal, onde percebi os avanços. Compromisso com o servidor, acredito que eu fui o único que não ocupou posto de comando para ser provado do que eu posso fazer. Todos os outros candidatos ocuparam posto de comando na prefeitura e os trabalhadores sabem como é ser comandado por essas pessoas. Por isso, precisamos resgatar a auto-estima do servidor, investir na requalificação, coisa que essas gestões não fizeram. Eles tratam o servidor muito mal. Portanto, temos compromisso com os trabalhadores. Sabemos que é preciso criar uma data base, uma política de valorização dos trabalhadores e precisamos voltar o ticket refeição aos trabalhadores aposentados. A discussão tem que ser constante e tenho compromisso com os servidores e eles sabem disso.
Habitação
Esse é um tema a atual administração municipal não conseguiu avançar e o pouco que avançou foi em razão da função de uma política nacional. O Governo Federal tem um programa chamado “Minha Casa, Minha Vida”, com duas modalidades, sendo elas, a individual e coletiva. A coletiva não foi possível realizar em Adamantina porque a administração não quis fazer dessa forma. Na individual houve um grande avanço, porque quando não existe o coletivo, há de convir que no individual, as pessoas fizeram seus projetos, buscaram financiamento na Caixa e executaram muito bem, coisa que o Poder Público não conseguiu fazer. E não faz. Ao apontar uma crítica da incapacidade técnica da prefeitura, apontamos e dizemos como é possível solucionar. Não é possível ter apenas um arquiteto e um engenheiro na prefeitura. Precisamos fazer concursos. Por isso, não dá conta e existem muitas obras paradas. A mesma dificuldade que a prefeitura tem em buscar seus projetos de emendas parlamentares e outros projetos, o simples cidadão tem também. Quer dizer que o projeto técnico do trabalhador é diferente da prefeitura? Então, nós, apontamos o que precisa melhorar. Já foi criado o fundo de habitação de interesse social, mas precisamos implantar isso, porque ao não ter uma modalidade coletiva foi realizado a individual e causou distorção, onde o Poder Público precisa agir. A justificativa para isso é os terrenos que estão mais caros e fora do padrão normal. Utilizando esse fundo é possível fazer loteamentos e colocar apenas o custo do terreno, pois o Poder Público não interesse de ter lucro. Já o capital precisa. Essas coisas transitam de melhor forma, aliadas com a nossa capacidade e a relação com o Governo Federal. Vejo em cidades da região, onde a prefeitura só apresenta o nome dos beneficiários e todo o resto é feito pela iniciativa privada. E a gente não vê isso em nosso município, por isso me propus em ser prefeito, porque ando bastante e vejo essas coisas materializadas em outras cidades e não vejo aqui. Por isso, estamos fazendo o debate com a população nesse sentido, onde temos o conhecimento dos programas do Governo Federal e um bom trânsito, mas ainda precisamos melhorar a capacidade técnica e apresentar os projetos.
Assistência social
Hoje, todo o projeto de assistência social não é municipal. É um projeto a nível nacional que os municípios tiveram que fazer para melhor atender o cidadão e ver a real necessidade de forma técnica. Estou dizendo isso porque a administração municipal diz que a assistência social diz que algumas coisas são municipais, mas não são. O nosso governo do presidente Lula que teve continuidade com a presidenta Dilma, discutiu esse sistema e dividiu o CRAS e o CREAS, separando o administrativo. O CREAS trata de forma coletiva e o CRAS trata maneira individual. Isso fez com que a prefeitura tenha assistente social, que antes não tinha e o Governo Federal oferece recurso para a assistência social ir conferir os problemas nas casas, coisa que não está acontecendo adequadamente.
Portanto, precisamos melhorar esse setor e fazer com essa assistência possa chegar às pessoas que mais necessitam. Um ponto que eu acredito que é uma falha, é quando uma pessoa que está desassistida ou passando fome, ela precisa ser assistida de imediato, coisa que a atual administração não coloca. Por isso, temos que ter um pouco de cesta básica para atender a pessoa na hora, porque quem passa fome não dá para esperar. Para chegar aos programas será preciso melhorar a estrutura da assistência social.
Produção rural
O principal programa hoje, que faz o impacto e as pessoas não sabem que é do Governo Federal é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Só nós sabemos o quanto foi difícil para convencer os técnicos da prefeitura a implantar esse programa. No primeiro convênio, conseguimos ter a participação de 36 produtores com R$ 118 mil. Hoje, o programa atende 180 produtores e faz um aporte de R$ 800 mil. Isso vem para a Prefeitura? Não. Vai para a associação de produtores como a Passiflora e Leite Joia. Portanto, o programa faz com que o produtor produz e tenha onde vender, e ao mesmo tempo beneficia entidades. Isso fez com que os produtores voltassem a produzir. Nosso desafio agora é fazer com que a produção tenha qualidade. A partir disso, partiremos para resolver o problema de assistência técnica.
Cultura e Turismo
É preciso que a questão dos artistas locais seja melhorada, criando instrumento para essas pessoas se apresentarem. A implantação de uma concha acústica seria importante para essas apresentações. Quanto ao restante dá para seguir do jeito que está.
Considerações finais
Quero agradecer a todos e pelo que percebi, todos os candidatos conhecem os problemas de Adamantina. O que peço ao cidadão, ao eleitor é que analise quem vai ter capacidade de realizar, pois agora, em época eleitoral, ouvimos muitas promessas e estamos discutindo quem tem capacidade. Acredito que eu tenho a melhor capacidade por ter um bom relacionamento com o Governo Federal. Todos os candidatos estão comentando as mesmas coisas. Mas o que eles fizeram? Muitos estão citando os programas do Governo Federal que eles não ajudaram a implantar. Quem ajudou a implantar fomos nós e podemos fazer ainda mais.